Foi em Munique que nasceu o PT alemão (DAP) após a Primeira Guerra Mundial, ao qual Hitler se juntou em 1919.

Um ano depois, o movimento virou partido e mudou o nome para Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães (NSDAP).
O famoso golpe fracassado de 1923 na cervejaria, e o julgamento que se seguiu, aumentaram a notoriedade do jovem líder. Hitler foi condenado e enviado para a prisão, onde escreveu Mein Kampf.
Munique já havia concentrado ideólogos antes da Primeira Guerra Mundial.
“Luz face à decadência e ao obscurantismo”
Mesmo que se queira “relativizar” as suas declarações, Luiz Inácio Lula da Silva elogiou Adolf Hitler e o aiatolá Khomeini, de fato.
Defendeu as ditaduras cubana, venezuelana e nicaraguense (inacreditavelmente, comparou o tempo de ditadura na Nicarágua com o tempo de governo da chanceler alemã Angela Merkel).
Adorou Ortega, Chávez, Castro, Maduro e Evo Morales.
Fortaleceu as relações do Brasil com a Coreia do Norte (iniciadas por F. H. Cardoso, deve-se dizer) e criou a ligação com a China comunista, recentemente qualificada por Dilma, como “luz face à decadência e ao obscurantismo atravessados pelas sociedades ocidentais.”
Por interesse, evidentemente, recebeu e abraçou Mahmoud Ahmadinejad, o monstruoso presidente do Irã, racista e negacionista do Holocausto que chamou Israel de “tumor”. Sujeito asqueroso, segundo o qual, “no Irã não existem homossexuais.”
Ora, Lula tem um grande amigo francês: o deputado Jean-Luc Mélenchon, candidato da extrema-esquerda – sem nenhuma chance de chegar à presidência da França – que até mesmo atravessou o Atlântico para visitá-lo na cadeia, em Curitiba (foto).
Mélenchon tem um percurso esquisito. Começou trotskista, virou socialista mitterrandista, enveredou pelo socialismo mole e acabou na extrema-esquerda pura e dura. É um homem violento e controvertido.
Se recusa a ajudar a Ucrânia
Ontem, Mélenchon foi vaiado na Assembleia Nacional, em Paris.
Ali, ele preside o seu partido extremista, o LFI, cuja ideologia tem muitos pontos em comum com as dos também candidatos, Marine Le Pen e Eric Zemmour, ambos da extrema-direita, assim como as de outros políticos no mundo, inclusive no Brasil.
Zemmour, por exemplo, é contra o corredor humanitário, na França, para os refugiados ucranianos. E o atroz presidente brasileiro de extrema-direita escolhe a “neutralidade” oportunista e, em vez de condenar uma invasão ilegal, a “deplora”, alegando – sem nenhuma vergonha – que “não quer sofrer as consequências aqui, uma vez que depende muito dos fertilizantes russos.”
Mélenchon, grande amigo de Lula, foi vaiado porque:
- Apoiou Assad, Castro, Putin, Chávez e Maduro.
- Foi um dos artesãos do Islamo-gauchisme (Islamo-leftism)
- Estava errado em cada uma de suas previsões sobre a invasão russa.
- Também de certa forma ficou “neutro” e se recusa a ajudar a Ucrânia.
- Como todos os esquerdistas, traça um paralelo vergonhoso entre a OTAN e a Rússia, alegações perfeitamente desmentidas pela própria organização.
Até a próxima, que agora é hoje, Mélenchon, Lula e Bolsonaro – quase um século depois – são Munique. Sendo que Lula é Munique, sobretudo na conversa fiada de cervejaria. E Bolsonaro gostaria muito de tentar o golpe em 2022, como Hitler em 1923, atirando no teto de uma Burgebräukeller!